Notícias

Por um Setor da Construção Renovado e ao Serviço do País - A propósito do “I.º Encontro Nacional da Construção e do Imobiliário"

Cartaz promocional
Cartaz promocional

Na sequência do “I.º Encontro Nacional da Construção e do Imobiliário - Promover o Crescimento, Defender o Setor” que decorreu ontem, dia 5 de junho, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, o Grémio do Património entendeu, através de um comunicado assinado pelo seu presidente da Direção, Vítor Cóias, assumir publicamente uma posição sobre este assunto.

O setor da construção e do imobiliário encontra-se numa encruzilhada. Para decidir qual o caminho certo, é preciso reconhecer os erros do passado, avaliar os condicionamentos do presente e ponderar as opções que se colocam em relação ao futuro.

A construção é, por tradição, um setor muito forte da economia portuguesa, tendo-se tornado o segundo maior empregador a seguir ao Estado. Portugal tinha, até há pouco, 2,4 vezes mais pessoas a trabalhar na construção por unidade de PIB do que a média dos países da União Europeia, mas o seu nível de escolaridade e qualificação manteve-se baixo. Por outro lado, a maior parte dos recursos financeiros de Portugal foram aplicados na construção e o setor tem usado demasiadamente e durante demasiado tempo a sua força para pressionar os decisores políticos.
 
O caminho não passa por exigir ao Estado que promova mais construções, Portugal não pode continuar a construir tanto como até aqui, destruindo ou desvalorizando o seu património natural, a sua orla costeira, as suas paisagens os seus rios, abandonando a suas aldeias e deixando degradar os seus centros e bairros históricos. O modelo de crescimento que tem vindo a ser seguido não é sustentável, e a presente situação prova-o. Portugal não precisa de mais habitação, de mais urbanizações nem de resorts, de mais autoestradas, de mais barragens, de um novo aeroporto.

Resta então ao setor da construção olhar para novos mercados, onde a construção nova faz realmente falta. Precisa, para isso, de se especializar e redimensionar, aumentando a sua capacidade exportadora. No mercado interno, deve prestar novos tipos de serviços: a reabilitação do edificado e da infraestrutura é o exemplo mais frequentemente referido. Mas a reabilitação não pode ser olhada como uma “tábua de salvação” de um setor da construção excessivo e obsoleto.  A reabilitação urbana não pode ser mais combustível para a fornalha da “velha construção”.

A versão integral do comunicado encontra-se disponível AQUI.
06/06/2012

© Copyright Gecorpa. Todos os direitos reservados.
Develop By: Primeway - Creative Business Solutions