Revista Pedra&Cal

Tecnologias de Informação e Património Arquitectónico

Indíce

02 Editorial

04 Análise de estruturas de alvenaria
Análise de estruturas de alvenaria
 J. VIEIRA DE LEMOS

07 Arqueologia Digital
Universos de oportunidades por explorar
 MÁRIO CARDOSO

10 Paramentos de barragens
Inspecção visual assistida
 ANTÓNIO BERBERAN

14 Modelos de cálculo para edifícios pombalinos: O mais sofisticado não é necessariamente o mais adequado
Numa intervenção de reabilitação, a análise estrutural e a verificação da segurança têm por objecto a confirmação da bondade das medidas correctivas seleccionadas face às insuficiências estruturais detectadas, tendo em conta a estratégia que preside
 VÍTOR CÓIAS

17 Tecnologias de Informação e Património Arquitectónico
OSistema de Informação técnica e científica para o Património Arquitectónico - SIPA, desenvolvido a partir de 1990, demonstrou assinalável capacidade de valorização do conjunto dos “saberes e saber fazer” que o tornaram possível e potenciou os recurs
 VASCO MARTINS COSTA

20 Sistemas de Informação e Património Cultural
Na sociedade actual, em que o conhecimento é um bem de valor inestimável, a criação de ferramentas que permitam a sua sedimentação, divulgação e democratização, bem como o fácil e rápido acesso ao mesmo, é uma necessidade
 ANA CRAVINHO, PAULO DE OLIVEIRA

24 Do presente ao futuro
A Arqueologia e as Tecnologias de Informação
 MARIA EMPIS

28 ACasa de Sarmento
Novos olhares sobre o Património
 ANTÓNIO AMARO DAS NEVES

32 Igreja da Misericórdia em Buarcos
Intervenção de conservação dos elementos pétreos minimiza processo de degradação
 JOÃO VARANDAS

33 Recuperação da Casa Senhorial Barata-Feyo
Um bom exemplo de reabilitação profunda
 LUÍS RIBEIRO

34 Portimão – Futuro Museu Municipal
Caracterização dos elementos resistentes
 CARLOS MESQUITA

36 Notícias

38 Agenda

40 Vida Associativa

42 Divulgação

43 A recepção dos trabalhos nas empreitadas de obras públicas
 A. JAIME MARTINS

45 Livraria

48 Tecnologias de Informação e Património Arquitectónico na NET
 ANTÓNIO PEREIRA COUTINHO

49 Associados GECoRPA

52 A nova fronteira da habitação social
Reabilitar e repovoar
 NUNO TEOTÓNIO PEREIRA

Preço: 4,48 €

N.º 30
Tecnologias de Informação e Património Arquitectónico


Desde a sistematização e disponibilização de grandes volumes de dados sobre os monumentos e os sítios até à análise estrutural e verificação da segurança das construções antigas, as tecnologias de informação (TIs) constituíram-se em ferramentas hoje praticamente indispensáveis a todos quantos têm à sua responsabilidade inventariar, gerir e conservar o património construído de um país.

Descontando os elementos de “moda” ou de “marketing”, sempre presentes quando se trata de decidir quanto à adopção de novos materiais e de novas tecnologias, as TIs vieram, de facto, revolucionar a gestão do conhecimento atinente ao património arquitectónico. Desde logo, a disponibilização de vastíssima informação através da Internet junto do cidadão comum, veio facilitar o objectivo último da salvaguarda do património arquitectónico, que é permitir o usufruto das construções, enquanto bens culturais, pelo maior número possível de pessoas, no presente e no futuro. Adicionalmente, abriu novas e valiosíssimas oportunidades a todos aqueles que optam por fazer do património construído o seu objecto de estudo ou de profissão.

A democratização do conhecimento sobre o património construído, além do melhor antídoto contra a ignorância atrevida, acaba, também, por se constituir como um linha de defesa eficaz contra as ameaças a que esse património se encontra permanentemente sujeito, por parte de quem nunca cessa de congeminar formas de retirar proveito próprio daquilo que pertence a todos.

Como ferramentas que são, o seu bom ou mau uso depende sobretudo da competência do artífice. Uma boa ferramenta não garante um bom resultado e o seu uso por utilizadores mal preparados torna-se tanto mais perigoso quanto mais poderosa é a ferramenta. Ao limite, uma ferramenta até pode ser utilizada como uma arma.
 
Este facto conduz a uma questão fundamental, que é a da qualificação: uma ferramenta é um recurso que se usa para aplicar um método ou uma técnica. É necessário que a competência ou destreza do operador do método ou da técnica sejam verificadas por uma entidade que reúna condições para o fazer. São hoje anedóticas, por exemplo, as situações resultantes do uso indevido dos programas de cálculo automático utilizados em engenharia de estruturas.

Segundo o que o GECoRPA tem defendido, não basta exigir qualificação às empresas que executam as intervenções em obra. É necessário que a mesma exigência seja feita às empresas que elaboram os projectos e às que recolhem, através de inspecções e ensaios, a informação para tal necessária. A qualificação destas empresas passa pela qualificação dos profissionais que nelas trabalham, e dentre estes, os que operam TIs. Numa altura em que se pretende avançar com a certificação da aptidão profissional, é bom que esse esforço tenha em atenção as profissões ligadas à reabilitação do edificado e à conservação do património arquitectónico, e, em particular, as que envolvem a utilização de TIs.
 
Vítor Cóias, Director


© Copyright Gecorpa. Todos os direitos reservados.
Develop By: Primeway - Creative Business Solutions