O programa "Prós e Contras" do dia 12 de Março de 2018, intitulado "Alerta do Diagnóstico e Prevenção", apresentado e moderado por Fátima Campos Ferreira, centrou-se num painel de quatro engenheiros civis, incluindo o bastonário da respetiva ordem profissional, e contou com a participação, a partir da audiência, dos presidentes das câmaras municipais de Mafra e de Viseu, e de Vítor Cóias, do GECoRPA. O tema principal foi o estado de conservação e a segurança da infraestrutura dos transportes e, em particular, das pontes, mas debateu-se também o património cultural construído, em particular a manutenção dos edifícios e os centros históricos. Num caso e noutro estiveram em foco casos concretos recentemente objeto de grande interesse por parte dos meios de comunicação social.

O programa teve como tema principal o estado de conservação e a segurança da infraestrutura dos transportes e, em particular, as pontes, com destaque para a ponte 25 de Abril. Adicionalmente, foram focadas questões relacionadas com o património cultural construído, nomeadamente os casos extremos que vieram recentemente a público dos carrilhões do Convento de Mafra e do Forte de Santo António da Barra no Estoril, pondo em evidência as deficiências da sua gestão e manutenção. Foram focados os inconvenientes da massificação do turismo e dos projetos de reconversão do edificado histórico em empreendimentos de luxo, as estratégias de prevenção antissísmica e de manutenção das construções, os apoios financeiros e programas existentes.
Vítor Cóias, atual presidente da mesa da Assembleia Geral do GECoRPA e diretor da revista Pedra & Cal, foi convidado a integrar o debate sobre os temas relacionados com o património cultural construído. Como causa das dificuldades de manutenção da infraestrutura construída, incluindo a que constitui património cultural, apontou as dificuldades orçamentais resultantes das insuficiências do modelo de crescimento económico que vem sendo seguido, orientado para o negócio imobiliário, cujo caráter especulativo que frequentemente assume não permite aumentar de forma sustentável os recursos financeiros disponíveis. Referiu, por outro lado, que esse modelo está a revelar-se segregador da população original dos centros e bairros históricos, relegada para os subúrbios para permitir a instalação de unidades hoteleiras e alojamentos locais. Focou também a a deficiente qualidade de muitas das intervenções de reabilitação que vêm sendo realizadas nos centros históricos, que frequentemente não asseguram a preservação do valor cultural e histórico e põem em causa a segurança estrutural dos edifícios.  
Durante o programa foram mostradas imagens do Forte de Santo António da Barra, no Estoril, atualmente objeto de um pedido de providência cautelar por um conjunto de associações de defesa do Património filiadas do Fórum do Património, incluindo o GECoRPA.