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A crise da construção não se resolve com queixas e ameaças

Posição do GECoRPA - Grémio do Património na sequência das declarações vindas a público no passado dia 20 Fevereiro de 2012, por parte da Federação da Construção e do Imobiliário e dos sindicatos do sector. Para o Grémio do Património a crise do sector da construção não se resolve com a exigência de mais obras e, muito menos, com levantamentos. As actuais queixas dos construtores não resultam se não da “aterragem dura” de um sector sobredimensionado e pouco qualificado.

Os grandes ajustamentos em curso eram previsíveis – e, até, desejáveis -- face aos excessos da construção nova em Portugal nas duas últimas décadas, quer de edifícios, quer de infra-estruturas.
É necessário que o enfoque do sector passe da construção nova para a reabilitação e a manutenção do edificado e da infra-estrutura, o que exige uma maior qualificação dos profissionais e das empresas.
Uma maior exigência de qualificação da força de trabalho e do tecido empresarial do sector da construção fará aumentar o seu valor acrescentado, logo, o seu contributo para o crescimento da economia. Dada a maior qualidade do serviço prestado, uma maior qualificação traduz-se em menos desperdício, logo, economias para as entidades adjudicantes, públicas ou privadas. As empresas mais qualificadas, em termos de organização e de tecnologia, são mais estáveis, podem pagar melhores salários e estão em melhor posição para prestar serviços além-fronteiras, contribuindo para que o sector da construção seja um sector exportador.
O sector da construção precisa de menos empresas e melhores empresas.

Vítor Cóias
Presidente da Direcção

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23/02/2012

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