As ruínas do Teatro Romano, sítio arqueológico que faz parte do Museu de Lisboa, foram alvo de uma iniciativa da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), anunciada em Diário da República, e que visa o alargamento do perímetro, a reclassificação como Monumento Nacional e a manutenção da Zona Especial de Proteção.
Esta iniciativa é o culminar de um processo iniciado pelo Museu de Lisboa em maio de 2018, quando foi feito o pedido de reclassificação do imóvel, uma vez que já muitas ações haviam sido realizadas para permitir o avanço das escavações neste monumento.
Mesmo antes de ter sido classificado como Imóvel de Interesse Público, em 1967, a Câmara Municipal de Lisboa começou a comprar e expropriar alguns edifícios adjacentes, com vista à sua demolição para permitir a escavação. Os trabalhos que desde então se realizaram têm vindo a pôr a descoberto o que se estima ser mais do
que um terço da área total do monumento construído no século I.
Algures no tempo, o monumento perdeu a sua função e foi sendo coberto por variadas construções que o absorveram e fizeram que fosse esquecido. Durante os trabalhos de reconstrução da cidade de Lisboa, na sequência do terramoto de 1755, foram descobertos os primeiros vestígios. No entanto, continuou-se a construir sobre o monumento, e só na década de 1960 é que se voltou a dar-lhe o devido interesse.
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