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No passado dia 19 de novembro foi lançado o livro Associações de Defesa do Património em Portugal (1974-1997), de Sofia Costa Macedo, com a chancela da Editora Caleidoscópio

O evento teve lugar na sede da Associação dos Arqueólogos Portugueses, no Museu Arqueológico do Carmo em Lisboa, a mais antiga associação de defesa do património ainda em atividade.

Esta obra, resultado de um trabalho de investigação para a Tese de Doutoramento da autora, revela as dinâmicas do movimento associativo de defesa do património cultural [ADP] no período após a revolução de 1974. Em grande parte, devido à ação das ADP, o património cultural português foi, nesta época, muito relevante para vida dos portugueses.

Em 1972, a UNESCO reclamava o valor universal e excecional do Património Cultural. Os novos conceitos patrimoniais circulavam em Portugal, trazidos pelos técnicos portugueses presentes nas conferências internacionais que se realizaram nas décadas de 60 e 70 do século XX.

A partir de 1974 estas novas ideias circularam de forma intensa e refletiram-se na importância e valor atribuídos ao Património Cultural. Nesta dinâmica as Associações de Defesa do Património (ADP) tiveram um papel relevante e uma significativa contribuição para a alteração da forma como, até então, se salvaguardava e valorizava o património.

O movimento associativo conheceu a partir de 1977 um forte desenvolvimento que se traduziu no aumento do número de associações existentes e em ações que procuravam influenciar e alterar as políticas patrimoniais em Portugal, conseguindo importantes realizações como a Campanha Nacional para a Defesa do Património, em 1980 e a primeira Lei do Património em Portugal, em 1985.

A apresentar esta obra esteve Rui Rasquilho, fundador da Associação de Defesa do Património da Região de Alcobaça e atual Presidente dos Amigos do Mosteiro de Alcobaça, entidade que apoiou a edição deste livro. Esteve ainda Teresa Rosado, 14 anos, que complementou o lançamento da obra com um testemunho da sua geração sobre o valor do património cultural. A sessão, presidida pelo vice-presidente da AAP, Luís Raposo contou com uma sala cheia de patrimonialistas, família, amigos que reforçam a convicção da autora desta obra de que o Património somos Nós.

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