Na última edição da AR&PA, bienal ibérica focada no património cultural organizada pela SPIRA, a Universidade do Porto, através da unidade de investigação CONSTRUCT, o Instituto da Construção, a Junta de Castilla y Leon, e a Unidad de Gestión de Riesgos y Emergencias de Patrimonio Cultural de Castilla y León (Ugrecyl) realizaram-se umas jornadas sobre a gestão e emergência de riscos relacionados com o Património Cultural. O livro digital, resultante destas jornadas, é, pois, uma forma de aceder ao foro dos assuntos discutidos ao longo desse encontro. Podemos encontrar um guia de boas práticas, mas também aceder a múltiplas perspetivas institucionais sobre a temática da gestão de riscos e emergências associados ao património. Escrevem professores universitários e investigadores na área da engenharia civil, da arqueologia, da informática, mas também técnicos, bombeiros, coordenadores e gestores de património público, agentes de forças de segurança civis.
Disponibilizando o livro online, os coordenadores conseguem dar um testemunho de pro-atividade e coordenação de redes profissionais e institucionais que se constituem para a salvaguarda do património que nos serve de base identitária, tão forte, diversificada e em constante regeneração como é a península em que somos ibéricos. Enrique Saiz Martín, diretor-geral de património cultural na Junta de Castilla y Léon, refere a mudança de paradigma que dirige a intervenção no património: “Los múltiples niveles presentes en el patrimonio se han de contemplar dentro de un concepto integral que permita destacar todos sus valores, identificándolo, protegiéndolo, recuperándolo, interpretándolo y difundiéndolo para que se vea fortalecido. Este cambio de percepción, también ha influido en las políticas de conservación y preservación de los bienes culturales, evolucionando desde parámetros sumamente intervencionistas hacia enfoques preventivos.”
Da intervenção à prevenção, somos emergidos no mundo do risco permanente das Alterações Climáticas e dos seus efeitos no Património Cultural, e aprendemos os caminhos que as instituições tiveram de percorrer da teoria à prática na conservação e segurança de espólios, edifícios, mas também do património natural que envolve o construído. António Silva Cardoso, diretor do departamento de Engenharia Civil da FEUP, aponta precisamente para a necessidade académica de trazer o conhecimento que é produzido nas Universidades para a sociedade civil, seja para as empresas do sector, seja para os agentes e instituições ligadas à prevenção, planeamento, salvaguarda e reabilitação de património cultural.
Fica o índice para convidar à leitura:
APRESENTAÇÃO, Enrique Saiz Martin e António Silva Cardoso
GESTÃO DE RISCOS PARA PATRIMÓNIO CULTURAL EDIFICADO: DA TEORIA À PRÁTICA, Xavier Romão, Esmeralda Paupério
PLAN DE PROTECCIÓN, CONSERVACIÓN Y CATALOGACIÓN ANTE EMERGENCIAS DE UN EDIFICIO HISTÓRICO, Alfredo Delgado González, Miguel Delgado López
PATRIMONIO CULTURAL EN ENTORNOS FORESTALES: RIESGOS Y DAÑOS DERIVADOS DE LOS INCENDIOS, Cristina Escudero
INCÊNDIOS FLORESTAIS E O SEU IMPACTO NO PATRIMÓNIO MUNDIAL: O CASO DE FOZ CÔA, Luís Luís
A GUARDA NACIONAL REPUBLICANA E A DEFESA DO PATRIMÓNIO CULTURAL - PONTOS DE PARTIDA? Tenente-Coronel António Manuel da Silva Ferreira
LA GUARDIA CIVIL: EN LA DEFENSA DEL PATRIMONIO HISTÓRICO ESPAÑOL, Comandante Marcos Gomez Romera
O CONTRIBUTO DA ESCOLA NACIONAL DE BOMBEIROS PARA A SEGURANÇA NO PATRIMÓNIO CULTURAL, Nelson José Pires Antunes
Versão em PDF: https://goo.gl/ACcCsQ
Versão em EPUB: https://goo.gl/Qq8dYD
