Implementação de BIM em projetos de arquitetura.

Como podem as novas tecnologias integrar o trabalho de reabilitação do património edificado? No passado dia 10 de maio, surgiram várias respostas na ação de formação que o GECoRPA realizou no Auditório da Ordem dos Arquitectos da Região Norte.

Marta Campos, Francisco Reis, Paulo Monteiro, Vanessa Tavares e Miguel Azenha partilharam com donos de obra, projetistas, empresas de construção e reabilitação, empresas de fiscalização, técnicos de câmaras municipais, finalistas de arquitetura e de engenharia civil a experiência com a metodologia BIM – Building Information Modelling.

Ao acumular informações diversas sobre o ciclo de vida de um edifício, a metodologia BIM permite integrar desde dados geométricos, geográficos ou sobre características, propriedades e materiais a modelações virtuais e plataformas digitais que facilitam a comunicação entre os diversos intervenientes em qualquer fase ou intervenção no imóvel. Aplicar o BIM à reabilitação do património edificado era o desafio desta ação de formação: quais as vantagens, os desafios, as dificuldades?

Os formadores puseram à disposição dos participantes diversos softwares, casos práticos e projetos de aplicação de BIM à gestão de edifícios históricos. À opinião generalizada das dificuldades que se poderão sentir na substituição da tecnologia CAD, sobrepõe-se a vontade de aplicar uma gestão mais holística e complexa, eficiente e colaborativa à reabilitação do património. Além disso, a exigência de rigor na conservação e manutenção do Património Edificado, num país que parece ter acordado finalmente para o valor do seu imobiliário, ao mesmo tempo que assiste a enormes atentados na sua reabilitação, requer dos agentes da área uma atenção redobrada no momento de escolher as metodologias mais eficazes para otimizar o investimento de obra. Estas ações de formação permitem que este conhecimento se vá difundindo pelos profissionais do setor.