Segundo o Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Manuel Castro Almeida, vai mesmo deixar de ser "mais betão e mais asfalto". O governante afirmou que as subvenções às autarquias vão depender do emprego e do contributo para o PIB local, ou seja, do que realmente interessa: que as pessoas tenham um trabalho (desde que não seja a própria câmara a criá-lo artificialmente) e que a atividade económica local se expanda e o seu valor acrescentado aumente, criando riqueza que permita tornar o conselho financeiramente sustentável.
Segundo o secretário de estado, citado por Manuel Carvalho no Público de 21 de outubro, no próximo quadro de programação comunitária não vai haver "mais do mesmo", quebrando-se o ciclo perverso do licenciamento de novas urbanizações e novos edifícios como principal fonte de receita para as câmaras.
Numa abordagem que o GECoRPA – Grémio do Património vem defendendo para o setor da construção, o secretário de estado afirmou também que "Pela primeira vez, nos programas regionais vai haver verbas do Fundo Social Europeu, que podem ser aplicadas na qualificação profissional e no emprego". De facto, no que toca ao setor, o aumento da qualificação profissional é uma condição essencial para melhorar a produtividade, que, nas últimas décadas, se tem mantido abaixo da média do País.