O AKAA - Aga Khan Award for Architecture AKAA é um prémio de arquitectura que procura reconhecer intervenções arquitetónicas que correspondam às aspirações das sociedades islâmicas nas áreas do design, habitação social, desenvolvimento comunitário e melhoria ambiental. É atribuído trianualmente pela Fundação Aga Khan desde 1977.
No triénio de 2011-2013, dois dos cinco empreendimentos distinguidos são projetos de reabilitação e revitalização urbana.
Revitalização do Centro Histórico de Birzeit, na Palestina
Este projeto de cinco anos, que faz parte de um plano de reabilitação iniciado por Riwaq – o Centro de Conservação Arquitetónica de Ramallah, na Palestina, transformou a cidade decadente de Birzeit, criou emprego através da conservação e recuperou ofícios tradicionais em vias de desaparecimento. O envolvimento da comunidade foi incentivado desde o início, incluindo as ONGs locais, o setor privado, proprietários, inquilinos e utentes, todos em estreita colaboração com o município. Os edifícios históricos e os espaços públicos foram reabilitados de modo a constituírem centros de atividades comunitárias. As secções das paredes que foram substituídas permanecem distinguíveis das estruturas originais, sem prejudicar a coerência arquitetónica. Os elementos perdidos foram substituídos sempre que existiam evidências claras de sua antiga aparência, como os azulejos com motivos palestinos. A intervenção foi realizada usando técnicas tradicionais e materiais locais, a preços acessíveis. Nas situações em que não se encontrou informação histórica, foram construídos novos elementos, num assertivo espírito contemporâneo.
Reabilitação do Bazar de Tabriz, no Irão
O Complexo do Bazar histórico de Tabriz foi oficialmente classificado em 1975 e foi sendo objeto de medidas especiais de manutenção até 2010, data em que passou a fazer parte da Lista do Património Mundial. O complexo abrange 27 hectares com mais de 5,5 quilômetros de bazares cobertos. Foram estabelecidas três áreas de proteção diferentes (a área objeto de nomeação, uma zona tampão e uma zona de paisagem), sujeitas a regras especiais incorporadas nos instrumentos de planeamento. O quadro de gestão baseia-se na participação do 'bazaaris', juntamente com as autoridades municipais e o Departamento do Azerbaijão Oriental do ICHTO, entidade responsável pelo projeto. Vários complexos dentro do bazar veem sendo reabilitados desde 2000, com a participação dos proprietários e inquilinos. Foram melhoradas as infraestruturas e construídas novas instalações públicas. O Bazar de Tabriz é um exemplo único de conservação e desenvolvimento urbano em que o património desempenha um papel catalisador no rejuvenescimento da memória material e imaterial da cidade histórica de Tabriz.
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