Estão a ser concertados esforços, por parte da Câmara Municipal de Alcobaça, para que o projeto de construção do hotel na ala nascente possa ser abrangido por fundos comunitários. O modelo de exploração previsto pressupõe o pagamento de uma renda ao Estado por parte do grupo hoteleiro que ganhar a exploração daquela que será a primeira unidade de cinco estrelas do concelho.
A utilização, nos dias de hoje, dos edifícios antigos e, em particular, dos edifícios históricos, tem prós e contras que é necessário ponderar: por um lado, manter esses edifícios fechados é mau para a sua conservação: um edifício que não é utilizado degrada-se mais rapidamente. Mas, por outro lado, certos tipos de utilização podem ser lesivos da integridade dos edifícios, sobretudo quando as adaptações que é necessário fazer são demasiado intrusivas, isto é, obrigam a alterações mais ou menos profundas, podendo conduzir à descaracterização dos edifícios. Coloca-se, portanto, a questão da compatibilidade da utilização pretendida. Infelizmente, não são poucos os exemplos em que utilizações demasiado assertivas ao nível da expressão arquitetónica, ou demasiado invasivas ao nível as das adaptações funcionais, acabam por desvalorizar o edifício histórico, frequentemente de forma irreversível.