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Carrilhões de Mafra em risco de derrocada

Os carrilhões do Palácio Nacional de Mafra, considerados o maior conjunto sineiro do mundo, apresentam um avançado estado de degradação.

Os dois carrilhões estão suportados por andaimes, de forma a evitar uma possível derrocada. A queda dos sinos, os maiores dos quais chegam a atingir as 12 toneladas, poderia ainda provocar graves danos na torre sineira, com mais de 70 metros de altura.

Uma avaliação especializada identificou a falta de manutenção das estruturas e a utilização de materiais e técnicas inadequadas nas intervenções realizadas ao longo dos anos como os principais aceleraradores da degradação. As estruturas de madeira que suportam os sinos estão a apodrecer a um ritmo alarmante, com particular gravidade na torre sul.

A intervenção sobre os dois carrilhões de Mafra está orçada em 1 855 milhões de euros, mas a indecisão sobre a sua viabilidade permanece há anos. Os instrumentos estão interditados desde 2001 por razões de segurança, embora ainda tenham tocado nalgumas ocasiões ao longo dos anos seguintes.

A DGCP garante estar a proteger os sinos através de ações de monitorização constante, que não substituem, contudo, uma intervenção a fundo. Alguns habitantes da região criaram recentemente a “Associação dos Amigos do Convento de Mafra”, com o objetivo de angariar fundos para a conservação do maior conjunto sineiro do mundo.

Os dois carrilhões foram encomendados por D. João V na Bélgica, no início do século XVIII. Segundos os investigadores, 26 pessoas trabalhavam diariamente com os sinos, fazendo soar os instrumentos de acordo com as horas e os ritos litúrgicos.
 
02/05/2013

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