Apesar de já contar com uma galeria dedicada à diáspora açoriana, o museu vai investir cerca de 220 mil euros para, ao longo de três anos, contar a história dos açorianos que chegaram a Nova Inglaterra nos séculos XIX e XX e o seu contributo para o património marítimo do Atlântico. Os projetos dedicam-se, em particular, aos baleeiros dos Açores, que durante séculos se dedicaram à caça da baleia.

Durante março e abril próximos, um mestre da Ilha do Pico, nos Açores, irá construir uma réplica de um bote baleeiro, que ficará em exibição no museu a partir de maio. Está ainda a ser preparada a construção de uma vigia de baleia, onde serão expostos materiais multimédia sobre o tema.

Além de procurar enriquecer as galerias já existentes dedicadas aos emigrantes açorianos, o museu vai também organizar uma exposição itinerante, com início em 2014, que percorrerá entre dez e 15 cidades. Na calha estão ainda atividades educativas, com oradores convidados e intercâmbio de alunos, bem como a disponibilização de materiais online.

O documentário "Os Último Baleeiros" (1969), de William Neufeld, publicado aqui pelo museu, retrata a actividade baleeira, uma marca do património dos Açores nos séculos XIX e XX. A caça à baleia foi um fator importante para o nascimento da diáspora açoriana, permitindo a vários portugueses contactar com a cultura norte-americana. A emigração de baleeiros açorianos para New Bedford teve um papel importante na dinamização da cidade dos EUA, ilustrando o papel da cultura marítima para unir pessoas, tradições e comunidades.