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Câmara de Lisboa planeia criar Banco de Azulejos

A Câmara de Lisboa Municipal está a inventariar os azulejos existentes no espaço público, com vista a salvaguardar este património e sensibilizar para a sua conservação.

A Câmara Municipal de Lisboa pretende criar um Banco de Azulejos, semelhante ao que existe há mais de 20 anos na cidade do Porto, ao qual a autarquia e os munícipes possam recorrer com vista à recuperação de painéis de azulejos localizados em espaço público. A iniciativa visa salvaguardar alguns dos materiais caracterizadores da cidade retirando-os de edifícios degradados, a demolir ou alterar, e devolvendo-os posteriormente à cidade de forma gratuita.

A capital procura implementar esta estratégia através do Programa de Investigação e Salvaguarda do Azulejo de Lisboa (PISAL), que irá identificar e georreferenciar os azulejos, de forma a criar uma Carta Municipal do Azulejo em Espaço Público. Em simultâneo, pretende desenvolver-se uma Carta de Risco, que integre a avaliação do estado de conservação de cada revestimento. Dependendo desta avaliação, alguns edifícios azulejados poderão mesmo ser propostos para Património Municipal.

O Programa visa ainda a sensibilização da população para este tipo de património que, por estar no espaço público, sofre várias agressões. Só na Madragoa, zona piloto do programa, foram referenciados 170 edifícios azulejados, 58 dos quais requerem salvaguarda máxima. O Programa estende-se agora para o Largo Conde Barão, o Bairro Alto, a Bica, a Calçada da Ajuda e a colina do Castelo de São Jorge.

O PISAL, que integra nove direções municipais de Lisboa, a Polícia Municipal, o Regimento de Sapadores Bombeiros, a Polícia Judiciária e universidades, surge no seguimento de outros projetos de proteção a este tipo de património, como o SOS Azulejo.
 
13/12/2012

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